segunda-feira, 18 de junho de 2018

Frio.
O aperto na garganta acorda comigo.
Os olhos enchem d´gua sem entender.
As lágrimas não caem.
Será que foi algum sonho?
Um não saber o que dizer sem saber se é pra falar.
E mais uma vez, guardo as palavras para mim.
"Tá tudo bem."
A confusão é tamanha que não existe outra resposta.
Qualquer coisa se torna um gatilho. Aquela última gota que fará tudo desabar.
O sentimento de solidão, o aconchego de conhecer o teu lar, o vento frio que congelou minhas mãos, a fumaça do cigarro que não senti entrar nos meus pulmões, o sol que aquece, os mil cobertores que me acalentaram a noite, os olhares apaixonados, o café sem açúcar, a tua ausência.
Estou tão frágil que a qualquer momento
o
balde
e
n
tor
na.



Melhor guardar para si.